21/09. Cláudio Emanuel Abdala traz a conferência “Em defesa da Vida”, na 39ª Semana Espírita

Cláudio Emanuel fez brilhante exposição sob o tema “Em defesa da vida”! Surpreendentemente o mais básico e óbvio direito humano ainda precisa ser defendido face a cultura hedonista e utilitarista em que vivemos: o direito à vida.


Cláudio Abdala principiou por defender a vida na sua forma mais frágil que é a do nascituro quando agredido pela irresponsabilidade e pela força brutal dos instintos animalizados dos que acreditam justo o infanticídio através do aborto, em nome do conforto dos pais e da comodidade social.

Argumenta-se que a mulher deve ter direito sobre o seu próprio corpo, o que ele diz concordar integralmente, mas não o direito de decidir a vida ou a morte do corpo do seu filho.

Aquelas crianças que sobrevivem ao aborto, à fome e à violência urbana que frequentemente agride o direito à vida, sobretudo daquelas pessoas mais pobres, enfrentam, em plena juventude, outro flagelo destruidor que alcança hoje níveis epidêmicos nas sociedades modernas: o suicídio.

O palestrante discorreu sobre o vazio existencial gerado pelos mesmos valores materialistas que aprovam o aborto e concomitantemente não trazem sentido à vida fazendo com que aqueles que a sociedade, dentro de sua comodidade econômica, julga dignos de viver, frequentemente se julgam indignos de usufruir a vida ultrapassando assim, o instinto natural de conservação, caminhando desse modo em direção ao suicídio.

Muito frequentemente o suicídio é fruto da solidão. As pessoas estão interconectadas por aparelhos e redes sociais, mas a superexposição pública de nossas vidas, frequentemente maquiada em hipocrisia para encantarmos os outros, não nos traz companhias com as quais possamos contar num momento de fragilidade diante dos desafios da vida. E nas famílias reduzidas à condição de provimento financeiro, não abundam valores espirituais e afetivos que possam trazer sustentação emocional a uma geração inteira de jovens confundidos pelo momento grave em que passa a humanidade.

Mas aqueles que sobrevivem ao aborto e ao suicídio frequentemente ainda tem suas vidas ceifadas por outro flagelo do mundo moderno: a depressão. Uma doença de etiologia complexa que desafia a medicina do século 21 e que só pode ter explicação satisfatória num conhecimento mais profundo da natureza humana em busca de suas origens espirituais.

O espiritismo vem nesse momento de transição planetária nos lembrar quem realmente somos e quais são os nossos verdadeiros valores, disse o conferencista.

Claudio Emanuel nos esclareceu que nenhuma prática religiosa ou social nos trará a paz se não promovermos a reforma de nós mesmos, desenvolvendo nossos mais profundos valores espirituais. Faz-se necessário que o ser humano tenha uma relação sincera consigo mesmo e com Deus; que saibamos aquilatar nossas qualidades e defeitos, não alimentando a permissividade e, tão pouco, propagando modelos de santidade automática e ilusória.

Na missão de reviver o cristianismo primitivo os espíritas, e todos aqueles que trabalham para a regeneração da humanidade, devem dar os seus testemunhos diários na obra da valorização da vida através da transformação dos antigos vícios do passado em prática da virtude que nos trará a paz. 

Texto: Marcelo Martinho


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